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Mostrando postagens de 2014

Irmãos, vamos começar de novo

O que significa o natal para mim hoje? Significa começar de novo! Começar de novo a experiência de continuar sendo e me fazendo, de novo, sempre de novo! Começar de novo, abrindo mais espaço para Deus, deixando com que Ele seja Deus mesmo em mim e naquilo que tece a minha vida. Começar de novo, sempre de novo, confiando e entregando-me a sua misericórdia. A exemplo de São Francisco, “voltar aos primórdios da humildade” (1Cel 103). Aquela humildade que confessa a humanidade e pobreza do próprio do ser: sem Deus não sou-somos e nem faço-fazemos nada! Começar de novo, com Deus, sempre com Deus e de novo! Natal é começar de novo. Natal é Deus mesmo que começa de novo junto comigo-conosco a minha-nossa vida. Então, é natal! “Irmãos, vamos começar de novo” (São Francisco de Assis).

É a noite da LUZ!

"Na escuridão de nossos medos e de nossas infelicidades, germina um clarão de esperança... Na sombra da solidão nasce um fogo de ternura. Nas trevas da violência e da guerra, cresce o clarão de uma notícia alegre. Hoje a LUZ de Deus acende-se a noite da terra: é NATAL! Hoje a noite é mais clara que o dia! Deus se faz menino. É Natal! É a noite da LUZ!"

Sacrifícios

Não precisamos inventar sacrifícios ou busca-los. É suficiente, acolher os sacrifícios que a vida nos apresenta a cada dia. Àqueles sacrifícios que batem na porta da nossa casa, da nossa vida, da nossa missão. Sim, estes sacrifícios que não são escolhidos por nós, mas são dados, ofertados pela vida... pela nossa realidade... Sim, estes sacrifícios!  Que São Maximiliano Maria Kolbe nos ensine a amar o sacrifício.

Percurso

Peregrinos que somos! O importante da peregrinação não é a chegada, mas o percurso! No percurso vamos colhendo e acolhendo aprendizados. A “X Peregrinação Inaciana” me mostrou que o importante não é a chegada, a preocupação em chegar, mas a ocupação de viver cada momento e oportunidade do caminho. Cada passo, cada conversa – que como a própria estrada tem suas particularidades. A peregrinação me mostrou a beleza que é escutar cada um no caminho e estar com atenção na pessoa do caminho. Escutar quem caminha, é peregrino conosco e falar de nós mesmos, peregrinos que somos! Na vida cotidiana a nossa jornada de trabalho – e de relações diversas - é uma peregrinação. A peregrinação foi sim – e é – uma mudança. Mudança de foco! Mudar o foco, talvez seja, continuar por outro caminho... A meta, Jesus Cristo, está definida, mas não o percurso que conduz à Ele. Novos rumos-sabores de seguimento!

Peregrino

“O peregrino é alguém que “entra” numa terra estranha, que se afasta dos apoios comuns da existência; é alguém livre, que “saboreia” cada passo em cada momento, que não se acomoda num determinado lugar, que está sempre na expectativa do novo, do diferente, do inesperado...” (Adroaldo Palaoro, sj). A meta está definida, mas não o percurso. Caminhando, intuímos os novos rumos.  Inspira-nos Senhor, novos caminhos de seguimento. Novos caminhos de entrega, de amor e de serviço. 

Rezar

Se não rezamos, ficamos desprotegidos. As intempéries se aproximam com veemência alertando que algo está acontecendo. O corpo sente a tempestade, as condições adversas. Tudo é muito sutil. “Nunca deixe de rezar”. A oração é nossa casa, nosso abrigo.

Escutar a voz do Amor

“Ó Mãe do amor, dizei-me, o que experimentastes no momento em que, consciente da vossa pequenez extrema, a filha, a serva, a escrava do Senhor, recebestes o convite explícito para ser a Mãe do Altíssimo Senhor, e para ser com Ele redentora da humanidade? Dizei-me, quais foram os sentimentos do vosso coração?” (Padre Luigi Maria Faccenda, OFMConv.). Escutar. Escutar é uma decisão que vem do nosso coração. Escutar a voz do amor que ressoa dentro e fora de nós: no coração do outro, próximo e distante. Escutar com simplicidade as dores e alegrias, vitórias e fracassos de quem nos interpela. Quem nos interpela? Escutar... tirando desta experiência uma proveito, um aprendizado que nos educa e nos orienta no seguimento e pertença a Jesus Cristo. Escutar é se deixar tocar pela voz do Amor.

Narrar os acontecimentos do caminho

Anunciar Jesus Cristo é narrar a nossa experiência com Ele. Os discípulos de Emaús (Lucas 24, 13-33) não fizeram outra coisa, senão, narrar os acontecimentos vividos com o Senhor durante o caminho. Narrar é compartilhar nossa vida vivida com o Senhor; é doar esta vida em cada conto, em cada fato meditado e contemplado; é testemunhar, com o nosso jeito e do nosso jeito, que sentimos o Ressuscitado junto conosco nas estradas do nosso dia a dia.

Somos marcados

Somos marcados. Marcados por Deus. As marcas de Deus em nós reorientam, radicalmente, a nossa vida, o nosso destino. Nos situamos antes e depois das marcas. Dizemos quem somos antes, durante e depois das marcas. Somos outra pessoa ao sermos marcados por Deus. Revisitamos nossas marcas. Lemos-as e nos posicionamos: de onde viemos, onde estamos e para onde estamos indo? As marcas de Deus em nós são como uma bússola. Aprendemos a ler os sinais das marcas que nos indicam a direção a seguir. Sentimos as marcas de Deus em nós com toda a sua força no momento em que falamos dela, pois ao falar, fazemos memória, atualizando-as em nós. É uma marca atual e presente que nos diz algo. As marcas comunicam a presença de Deus em nós. 

A palavra mais linda

"Conscientes que o amor a Cristo e à Imaculada se nutre de generosa dedicação, e que a consagração não conhece barreiras nem limites na medida, preparamos e colocamos a nossa vontade a pronunciar todos os dias, em todos os momentos, a palavra mais linda que uma pessoa possa repetir na vida: a palavra “sim”. Sim, quando – com as mãos agarradas à rocha – subiremos ao monte da perfeição religiosa. Sim, quando as mãos ensangüentadas pelo esforço serão tentadas a repousarem e um sentido de humana piedade aconselhará a ir mais devagar. Sim, quando no caminho seremos envolvidos pelas trevas e, olhando ao redor, não veremos nenhum coração que nos siga, e experimentaremos toda a angustia da solidão e do abandono. Sim, sempre sim. Sim, na obediência. Sim, diante das humilhações. Sim, nas incompreensões fraternas. Sim, na aridez de espírito. Sim, nas dores do corpo. Sim, no abandono do coração. Sim, nos momentos angustiantes da alma. No caminho encontraremos Maria, a rainha, a mãe ...

É bom contemplar

É bom contemplar. É verdade e realidade o que disse-me um padre “A contemplação muda a nossa vida”. É muito bom contemplar! Contemplar a vida do Senhor, mas também contemplar a nossa vida, nEle e com Ele. Contemplar as cenas dos nossos dias. Os eventos que vivemos. Hoje contemplei uma mulher. E ao contempla-la entendi que cada um existe de um modo. Ela existe servindo seu esposo, seus filhos, os vizinhos e a quem precisar. O esposo existe contando sua história de vida. E eu existo escrevendo. Contemplar é escutar e sentir sem julgar. É apenas está aí, na cena, participando, com receptividade e acolhida, do que vier e como vier, com ternura. E por fim, dar graças à Deus por isso. Contemplar desperta sentimentos de alegria e gratidão. Jesus disse aos discípulos de voltarem para a Galileia, pois, aí, eles irão vê-lo (Mt 28, 11). Voltar para a Galileia é voltar para as cenas que vivemos e contemplá-las à luz da ressurreição do Senhor!

A paixão das paciências

A paixão, a nossa paixão. É claro, nós a esperamos. Sabemos que ela virá, e naturalmente pretendemos vive-la com uma certa grandeza. O sacrifício de nós mesmos: não esperamos outra coisa senão que soe a hora. Como uma lenha atirada ao fogo, sabemos que, assim, vamos ser consumidos. Como um fio de lã cortado pela tesoura, assim, iremos ser separados. Como um animal novo que é degolado, assim, deveremos ser mortos. A paixão, nós a esperamos. Nós a esperamos, e ela não vem. Chegam, porém, as paciências. As paciências. Essas migalhas de paixão, que tem como escopo nos matar lentamente em prol da tua glória, de nós matar sem a nossa glória. Já de manhã elas aparecem diante de nós: São os nossos nervos à flor da pele e flácidos, é o ônibus que passa lotado, o leite que derrama, os limpadores de chaminé que chegam, as crianças que fazem bagunça. São os convidados que nosso marido traz para casa e aquele amigo, justamente ele, que não vem. É o telefone qu...

O cego de nascença

Ver por si mesmo graças a Deus Em certos momentos, da nossa caminhada, nos percebemos e nos sentimos como o cego de nascença (João 9, 1-38). Uma pessoa que, sentada, à beira da vida, está mendigando o olhar de outro, por não poder ver por si mesma - a vida, as pessoas, o mundo, Deus e a si próprio - até o momento em que encontra o Senhor. Este, o percebe, se aproxima, o toca, conversa. Perceber, aproximar, tocar, conversar. Ações de Jesus que afetam e curam o cego de nascença. Se antes este via conforme o olhar dos outros - que nem aproximavam-se dele por ser cego, e portanto, pecador - agora, pode dizer que vê por si mesmo. “Sou eu mesmo que vejo por mim mesmo graças a Deus”. Sentir-se percebido, tocado e estado com o Senhor, só pode conduzir a uma linda reverencia de gratidão e amor! O cego, agora, de pé na vida, com os olhos abertos, se prostra, de outro jeito, diante daquele que o cura. E... seu gesto diz por si mesmo: “Minha reverencia foi um abraço” .

Quaresma

O percurso do desprendimento Começar a quaresma vestidos e chegar no final dela nus. Despojados a exemplo do Senhor. Começar a quaresma com muitos bens e chegar no final dela sem nada. Entregues ao Pai a exemplo do Filho. Este é o desafio! Vender tudo o que possuímos (Marcos 10, 17-27) como riqueza ao longo da quaresma para chegar na Páscoa do Senhor possuindo Deus como único bem. O bem mais precioso, a riqueza verdadeira! É difícil entrar no reino com riqueza, quando fazemos desta riqueza a segurança da nossa vida. A riqueza não se reduz aos bens econômicos, mas estendem-se ao bens materiais, físicos, psicológicos, espirituais e morais. Por vezes, nos apegamos a estes bens. Apegamo-nos a uma carreira, a um equilíbrio moral, a fecundidade de uma vida espiritual. O apelo do Senhor é para vendermos tudo que nos dê uma falsa segurança existencial e depositarmos nossa segurança naquela riqueza que não perece, que é continua dentro de nossos corações: Deus mesmo.

Alcançar a meta

Sentir na pele a nossa última meta!   “Quando queremos alcançar uma meta qualquer, temos necessariamente de renunciar a tudo o que lhe opõe e de usar o que a ela conduz. [...] As variadíssimas metas que o que o homem tem na vida, só possuem valor na medida em que o conduzem à meta final. Se o afastam dela, são danosas e há que excluí-las, mesmo quando, sob outros aspectos, são sedutoras. É este o motivo por que tem que haver alguma dificuldade e fadiga, quando se tende a alcançar a meta, principalmente se se trata da mais importante: a última” (Maximiliano Kolbe, SK 1190).  O que queremos nesta nossa vida? Qual é o desejo mais profundo que sentimos dentro de nós? Ou simplesmente, qual é o nosso sonho? Oxalá todos tenham um sonho para viver e para empregar as suas forças! Escutar o nosso coração, nos permitir de sonhar e lutar, dentro de nossas possibilidades e condições de vida, para concretizar nosso sonho, nossa meta. A coragem alimenta nossos sonhos. Os sonhos s...

A brevidade da vida

Tempo de revelação A vida é breve, afirma Maximiliano Kolbe, e sentimos na pele a brevidade da vida na medida em que amamos mais. Sim! Quanto mais amamos, mais sentimos que a vida é breve porque sentimos na pele que a terceira etapa da nossa existência se aproxima. Ou talvez, somos nós que nos aproximamos desta terceira etapa com mais velocidade! A dor desejada por amor é um mistério que podemos sentir na medida que mergulhamos mais em Deus e nos deixamos tocar por sua presença em nós. Há vivencias que... não podemos explicar porque nos escapa, não há palavras que expressem... há apenas sentimentos e olhares que transmitem o que trazemos dentro de nós. Sim! A vida é breve e breve são as oportunidades que temos para amar. Breves são as chances que a vida nos desafia a nos entregarmos aos outros. Breve é o tempo. E por ser breve torna-se tempo oportuno, tempo de graça, tempo de revelação. Sim! Concordo com Maximiliano: “a vida é breve [...] Depois... é o paraíso, o paraíso, paraíso...

Estar atentos a voz e ao apelo de Deus

Deus nos chama dentro do nosso cotidiano. Deus, na sua sabedoria, convidou os discípulos a seguirem-no, num dia ordinário, cotidiano de suas vidas. Este convite acontece, dentro de nossos trabalhos ordinários. Dentro daquelas tarefas, simples, que realizamos todos os dias. Sim! Dentro destes trabalhos, há um chamado do Senhor! Precisamos estar atentos para perceber e, generosamente, respondermos “sim” a sua vontade! Estar atentos a voz e ao apelo de Deus, isto é, a uma vida mais próxima a Ele, mais generosa e mais solidária.

Quem ama tem autoridade

Quem tem autoridade serve! Quem ama tem autoridade. Quem não ama tem domínio. Quem ama ensina com autoridade. Quem não ama ensina com dominação. Jesus ensina com amor, por isso, tem autoridade. As pessoas ficam admiradas com o seu ensinamento porque é novo, é diferente, é envolvente! Ensinar com amor é um ensinamento diferente. Na experiência de ensinar, seja quando somos ensinados ou ensinamos, somos envolvidos ou pela dominação ou pela amorosidade. O que escolhemos? Ensinar de um jeito diferente, envolvendo a pessoa toda, despertando nela sentimentos de admiração e encanto, pela maneira com a qual aprende, e guardando com respeito, junto com ela, o conteúdo aprendido é a lição que recebemos do Senhor,  ao deixar que a Sua vida nos ilumine. 

Onde está a felicidade?

Todos anseiam pela felicidade, aspiram a ela. Mas são poucos os que a encontram, porque a buscam onde ela não existe. Saiamos à rua. Pela ampla via caminham, apressadas, pessoas de todas as idades e condições; cada uma delas visa alguma meta onde põe uma parcela da sua felicidade. Pela parte central da rua, circulam os ônibus e automóveis e os que neles vão sentados sonham com a felicidade. Nas vitrines, oferecem-se aos transeuntes os artigos mais variados, para tornar felizes os proprietários e os compradores. Para onde quer que dirijas o olhar, verás as pessoas sedentas de felicidade. Mas estarão todas seguras de que, no final de suas canseiras, poderão abraçar o tesouro suspirado? Entre elas, há quem se propôs como meta acumular bens materiais: dinheiro. Mas ainda não conseguiu atingir o alvo de seus desejos e, por isso, continua ansiando. Será que o alcançará?... Quanto mais riqueza amontoa, tanto mais se anima em correr atrás dela e tanto mais a ambiciona. E, mesmo que poss...

Desinstalados pela confissão

O que sentimos diante do sentir do outro?   Amamos as pessoas. Amamos com mais intensidade algumas pessoas. O choro dessas pessoas é a confissão dos seus sentimentos mais íntimos. Essa confissão nos afeta, profundamente, nos desinstala. Movemo-nos, fazendo-nos próximos, solidários, corresponsáveis pela vida dessas pessoas. A confissão de vida das pessoas que queremos bem é um aprendizado. Abre-nos a cabeça, o coração e nos faz intuir o nosso próprio caminho, a construir o nosso destino junto com Deus que nos conduz. Sem perceber, a confissão do outro provoca-nos a rever o nosso projeto de vida e jeito de viver.

Ser para os outros

Deus conosco Só podemos ser para os outros – ser o melhor que desejamos – com o divino. Por vezes, acreditamos que podemos ser – algo bom e positivo para alguém – a partir de nós mesmos. Doce ilusão! Acreditamos até o momento em que sentimos na nossa pele e no nosso corpo que não podemos. Benditos limites orgânicos e históricos! O bem que desejamos ser e oferecer – e até construir – para os outros só é possível com Deus, porque Ele é capaz de alcançar os limites da nossa convivência humana - sendo o Bem que intuímos -, recriando nossas relações mais profundas com um novo olhar e um novo sentir. Deus nos faz mais livre quando o acolhemos em nossa companhia. 

A narração da memória

Revisitar a memória é escutar algo novo! Ao revisitar "as nossas memórias", elas sempre têm alguma coisa para nos contar; para narrar alguma coisa que ainda não foi dita para nós! Encontramo-nos na narração das nossas vidas.

Somos limitados na ação, mas ilimitados no desejo de querer bem

Tornar a nossa existência um espaço de acolhida Diante da realidade que nos desperta compaixão... Diante da ausência de forças - da pessoa que amamos - para responder as exigências da própria vida... sentimos os limites da nossa ação. Não é possível intervir diretamente em sua vida como desejamos. Sentimos nossos limites em oposição ao nosso desejo de querer bem, de dar as condições para que essa pessoa possa responder... Somos limitados. Já que não podemos intervir como desejamos, ao menos, podemos, humildemente, oferecer a ela a nossa vida – o espaço da nossa existência – como um lugar de acolhida. Um espaço onde a pessoa que amamos sinta-se amada e querida em suas dores e fragilidades. 

Os acontecimentos são como um ladrão

A vida é imprevisível, é surpresa! Alguns acontecimentos são como um ladrão: afetam o nosso presente e roubam o nosso futuro. Roubam o nosso projeto de vida futuro. Vivemos o presente e projetamos o futuro. De repente, um acontecimento muda radicalmente os nossos planos. Aquele futuro que esperávamos, não acontecerá mais – a não ser na nossa imaginação e aí estaremos presos! – porque fomos afetados no nosso presente a tal ponto de mudarmos o nosso rumo, o nosso futuro. A vida é imprevisível, é surpresa! E o futuro também o é. Desejamos a segurança de um futuro que escapa das nossas mãos. Não sabemos dos acontecimentos que irão surgir, os acontecimentos que a vida vai nos apresentar exigindo de nós mudança de projeto. Assim, o melhor que podemos fazer é viver o nosso presente. É a única coisa que temos em nossas mãos de modo paradoxal. 

Irmã Morte e Irmã Vida

Na companhia de nossas irmãs E quando a Morte bate na porta da nossa casa e diz: “Oi! Cheguei mais cedo. Vamos ficar mais próximos do que esperávamos!”. Respondemos: “Sim, pode entrar! Vamos começar nossa convivência antes do esperado!”. A Morte, aos poucos, nos ajuda a compreender a Vida – sua irmã – de outra maneira. Daí, passamos a nos relacionar com a vida de outro jeito. Afinal, nos preparamos para nos distanciar mais da Vida! Por isso, ela (irmã Vida) torna-se radicalmente significativa. Sua companhia é altamente valiosa! Algumas notícias surgem, inesperadamente, em nosso caminho como a irmã Morte para nos fazer compreender e sentir a importância da Vida que nos acompanha e nos toca.    

A oração é uma travessia

Atravessar por desejo de... A oração é uma travessia. Não sabemos o que encontraremos ao atravessá-la. Não sabemos o que há do lado de lá. Não sabemos para qual horizonte a travessia conduz. É uma travessia com sabor. Sabor de encontro e desencontro. É uma travessia com sinais. Sinais de parada-repouso e de seguir adiante-em frente. A oração é uma travessia feita com amor e por amor ao desejo de.

"A dor desejada por amor"

"A vida do homem tem três etapas: a preparação para o trabalho, o trabalho e a dor. Mais velozmente uma alma alcança a santidade, mais depressa se aproxima a terceira etapa: a dor desejada por amor".   É difícil compreender "a dor desejada por amor". Certa  vez, ao conversar com uma passageira dentro do trolébus sobre esse assunto, entendi que...quanto mais amamos... mais depressa nos aproximamos da terceira etapa... isto é, da dor. Amor e dor são as duas faces de uma mesma vivência. Não é necessário ir atrás da dor...Até acho isso estranho! Ao decidirmos pelo amor e pela pratica de amar... já recebemos a dor como companheira de viagem...

A vida é breve

"A vida é breve, o sofrimento é breve; contudo depois: o céu, o céu, o céu" (Maximiliano Kolbe). A vida é breve de tal maneira que devemos doá-la por aquilo que acreditamos. Doar a nossa existência! O "dever ser" é um ideal. Se conseguimos ou não realizá-lo, isso é um outro problema. Mas... tentamos! O tempo urge. Dediquemos a nossa existência.

A vida é um caminhar...

A vida é um caminhar em direção ao céu". Se a vida é um caminhar, então, somos chamados a escolher que direção seguir. As vezes, não sabemos qual é a melhor direção, ou a mais oportuna, mas... enfim...seguimos! Escolhemos um caminho, re-escolhemos este mesmo caminho ou escolhemos outro caminho. Seja qual for a escolha, que seja feita por amor. Porque caminhar em direção ao céu, ou seguir adiante, é ir em direção daquilo que acreditamos como o melhor que pode existir para nós!