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Mostrando postagens de março, 2014

Quaresma

O percurso do desprendimento Começar a quaresma vestidos e chegar no final dela nus. Despojados a exemplo do Senhor. Começar a quaresma com muitos bens e chegar no final dela sem nada. Entregues ao Pai a exemplo do Filho. Este é o desafio! Vender tudo o que possuímos (Marcos 10, 17-27) como riqueza ao longo da quaresma para chegar na Páscoa do Senhor possuindo Deus como único bem. O bem mais precioso, a riqueza verdadeira! É difícil entrar no reino com riqueza, quando fazemos desta riqueza a segurança da nossa vida. A riqueza não se reduz aos bens econômicos, mas estendem-se ao bens materiais, físicos, psicológicos, espirituais e morais. Por vezes, nos apegamos a estes bens. Apegamo-nos a uma carreira, a um equilíbrio moral, a fecundidade de uma vida espiritual. O apelo do Senhor é para vendermos tudo que nos dê uma falsa segurança existencial e depositarmos nossa segurança naquela riqueza que não perece, que é continua dentro de nossos corações: Deus mesmo.

Alcançar a meta

Sentir na pele a nossa última meta!   “Quando queremos alcançar uma meta qualquer, temos necessariamente de renunciar a tudo o que lhe opõe e de usar o que a ela conduz. [...] As variadíssimas metas que o que o homem tem na vida, só possuem valor na medida em que o conduzem à meta final. Se o afastam dela, são danosas e há que excluí-las, mesmo quando, sob outros aspectos, são sedutoras. É este o motivo por que tem que haver alguma dificuldade e fadiga, quando se tende a alcançar a meta, principalmente se se trata da mais importante: a última” (Maximiliano Kolbe, SK 1190).  O que queremos nesta nossa vida? Qual é o desejo mais profundo que sentimos dentro de nós? Ou simplesmente, qual é o nosso sonho? Oxalá todos tenham um sonho para viver e para empregar as suas forças! Escutar o nosso coração, nos permitir de sonhar e lutar, dentro de nossas possibilidades e condições de vida, para concretizar nosso sonho, nossa meta. A coragem alimenta nossos sonhos. Os sonhos s...

A brevidade da vida

Tempo de revelação A vida é breve, afirma Maximiliano Kolbe, e sentimos na pele a brevidade da vida na medida em que amamos mais. Sim! Quanto mais amamos, mais sentimos que a vida é breve porque sentimos na pele que a terceira etapa da nossa existência se aproxima. Ou talvez, somos nós que nos aproximamos desta terceira etapa com mais velocidade! A dor desejada por amor é um mistério que podemos sentir na medida que mergulhamos mais em Deus e nos deixamos tocar por sua presença em nós. Há vivencias que... não podemos explicar porque nos escapa, não há palavras que expressem... há apenas sentimentos e olhares que transmitem o que trazemos dentro de nós. Sim! A vida é breve e breve são as oportunidades que temos para amar. Breves são as chances que a vida nos desafia a nos entregarmos aos outros. Breve é o tempo. E por ser breve torna-se tempo oportuno, tempo de graça, tempo de revelação. Sim! Concordo com Maximiliano: “a vida é breve [...] Depois... é o paraíso, o paraíso, paraíso...

Estar atentos a voz e ao apelo de Deus

Deus nos chama dentro do nosso cotidiano. Deus, na sua sabedoria, convidou os discípulos a seguirem-no, num dia ordinário, cotidiano de suas vidas. Este convite acontece, dentro de nossos trabalhos ordinários. Dentro daquelas tarefas, simples, que realizamos todos os dias. Sim! Dentro destes trabalhos, há um chamado do Senhor! Precisamos estar atentos para perceber e, generosamente, respondermos “sim” a sua vontade! Estar atentos a voz e ao apelo de Deus, isto é, a uma vida mais próxima a Ele, mais generosa e mais solidária.

Quem ama tem autoridade

Quem tem autoridade serve! Quem ama tem autoridade. Quem não ama tem domínio. Quem ama ensina com autoridade. Quem não ama ensina com dominação. Jesus ensina com amor, por isso, tem autoridade. As pessoas ficam admiradas com o seu ensinamento porque é novo, é diferente, é envolvente! Ensinar com amor é um ensinamento diferente. Na experiência de ensinar, seja quando somos ensinados ou ensinamos, somos envolvidos ou pela dominação ou pela amorosidade. O que escolhemos? Ensinar de um jeito diferente, envolvendo a pessoa toda, despertando nela sentimentos de admiração e encanto, pela maneira com a qual aprende, e guardando com respeito, junto com ela, o conteúdo aprendido é a lição que recebemos do Senhor,  ao deixar que a Sua vida nos ilumine. 

Onde está a felicidade?

Todos anseiam pela felicidade, aspiram a ela. Mas são poucos os que a encontram, porque a buscam onde ela não existe. Saiamos à rua. Pela ampla via caminham, apressadas, pessoas de todas as idades e condições; cada uma delas visa alguma meta onde põe uma parcela da sua felicidade. Pela parte central da rua, circulam os ônibus e automóveis e os que neles vão sentados sonham com a felicidade. Nas vitrines, oferecem-se aos transeuntes os artigos mais variados, para tornar felizes os proprietários e os compradores. Para onde quer que dirijas o olhar, verás as pessoas sedentas de felicidade. Mas estarão todas seguras de que, no final de suas canseiras, poderão abraçar o tesouro suspirado? Entre elas, há quem se propôs como meta acumular bens materiais: dinheiro. Mas ainda não conseguiu atingir o alvo de seus desejos e, por isso, continua ansiando. Será que o alcançará?... Quanto mais riqueza amontoa, tanto mais se anima em correr atrás dela e tanto mais a ambiciona. E, mesmo que poss...

Desinstalados pela confissão

O que sentimos diante do sentir do outro?   Amamos as pessoas. Amamos com mais intensidade algumas pessoas. O choro dessas pessoas é a confissão dos seus sentimentos mais íntimos. Essa confissão nos afeta, profundamente, nos desinstala. Movemo-nos, fazendo-nos próximos, solidários, corresponsáveis pela vida dessas pessoas. A confissão de vida das pessoas que queremos bem é um aprendizado. Abre-nos a cabeça, o coração e nos faz intuir o nosso próprio caminho, a construir o nosso destino junto com Deus que nos conduz. Sem perceber, a confissão do outro provoca-nos a rever o nosso projeto de vida e jeito de viver.

Ser para os outros

Deus conosco Só podemos ser para os outros – ser o melhor que desejamos – com o divino. Por vezes, acreditamos que podemos ser – algo bom e positivo para alguém – a partir de nós mesmos. Doce ilusão! Acreditamos até o momento em que sentimos na nossa pele e no nosso corpo que não podemos. Benditos limites orgânicos e históricos! O bem que desejamos ser e oferecer – e até construir – para os outros só é possível com Deus, porque Ele é capaz de alcançar os limites da nossa convivência humana - sendo o Bem que intuímos -, recriando nossas relações mais profundas com um novo olhar e um novo sentir. Deus nos faz mais livre quando o acolhemos em nossa companhia. 

A narração da memória

Revisitar a memória é escutar algo novo! Ao revisitar "as nossas memórias", elas sempre têm alguma coisa para nos contar; para narrar alguma coisa que ainda não foi dita para nós! Encontramo-nos na narração das nossas vidas.

Somos limitados na ação, mas ilimitados no desejo de querer bem

Tornar a nossa existência um espaço de acolhida Diante da realidade que nos desperta compaixão... Diante da ausência de forças - da pessoa que amamos - para responder as exigências da própria vida... sentimos os limites da nossa ação. Não é possível intervir diretamente em sua vida como desejamos. Sentimos nossos limites em oposição ao nosso desejo de querer bem, de dar as condições para que essa pessoa possa responder... Somos limitados. Já que não podemos intervir como desejamos, ao menos, podemos, humildemente, oferecer a ela a nossa vida – o espaço da nossa existência – como um lugar de acolhida. Um espaço onde a pessoa que amamos sinta-se amada e querida em suas dores e fragilidades. 

Os acontecimentos são como um ladrão

A vida é imprevisível, é surpresa! Alguns acontecimentos são como um ladrão: afetam o nosso presente e roubam o nosso futuro. Roubam o nosso projeto de vida futuro. Vivemos o presente e projetamos o futuro. De repente, um acontecimento muda radicalmente os nossos planos. Aquele futuro que esperávamos, não acontecerá mais – a não ser na nossa imaginação e aí estaremos presos! – porque fomos afetados no nosso presente a tal ponto de mudarmos o nosso rumo, o nosso futuro. A vida é imprevisível, é surpresa! E o futuro também o é. Desejamos a segurança de um futuro que escapa das nossas mãos. Não sabemos dos acontecimentos que irão surgir, os acontecimentos que a vida vai nos apresentar exigindo de nós mudança de projeto. Assim, o melhor que podemos fazer é viver o nosso presente. É a única coisa que temos em nossas mãos de modo paradoxal. 

Irmã Morte e Irmã Vida

Na companhia de nossas irmãs E quando a Morte bate na porta da nossa casa e diz: “Oi! Cheguei mais cedo. Vamos ficar mais próximos do que esperávamos!”. Respondemos: “Sim, pode entrar! Vamos começar nossa convivência antes do esperado!”. A Morte, aos poucos, nos ajuda a compreender a Vida – sua irmã – de outra maneira. Daí, passamos a nos relacionar com a vida de outro jeito. Afinal, nos preparamos para nos distanciar mais da Vida! Por isso, ela (irmã Vida) torna-se radicalmente significativa. Sua companhia é altamente valiosa! Algumas notícias surgem, inesperadamente, em nosso caminho como a irmã Morte para nos fazer compreender e sentir a importância da Vida que nos acompanha e nos toca.    

A oração é uma travessia

Atravessar por desejo de... A oração é uma travessia. Não sabemos o que encontraremos ao atravessá-la. Não sabemos o que há do lado de lá. Não sabemos para qual horizonte a travessia conduz. É uma travessia com sabor. Sabor de encontro e desencontro. É uma travessia com sinais. Sinais de parada-repouso e de seguir adiante-em frente. A oração é uma travessia feita com amor e por amor ao desejo de.

"A dor desejada por amor"

"A vida do homem tem três etapas: a preparação para o trabalho, o trabalho e a dor. Mais velozmente uma alma alcança a santidade, mais depressa se aproxima a terceira etapa: a dor desejada por amor".   É difícil compreender "a dor desejada por amor". Certa  vez, ao conversar com uma passageira dentro do trolébus sobre esse assunto, entendi que...quanto mais amamos... mais depressa nos aproximamos da terceira etapa... isto é, da dor. Amor e dor são as duas faces de uma mesma vivência. Não é necessário ir atrás da dor...Até acho isso estranho! Ao decidirmos pelo amor e pela pratica de amar... já recebemos a dor como companheira de viagem...

A vida é breve

"A vida é breve, o sofrimento é breve; contudo depois: o céu, o céu, o céu" (Maximiliano Kolbe). A vida é breve de tal maneira que devemos doá-la por aquilo que acreditamos. Doar a nossa existência! O "dever ser" é um ideal. Se conseguimos ou não realizá-lo, isso é um outro problema. Mas... tentamos! O tempo urge. Dediquemos a nossa existência.

A vida é um caminhar...

A vida é um caminhar em direção ao céu". Se a vida é um caminhar, então, somos chamados a escolher que direção seguir. As vezes, não sabemos qual é a melhor direção, ou a mais oportuna, mas... enfim...seguimos! Escolhemos um caminho, re-escolhemos este mesmo caminho ou escolhemos outro caminho. Seja qual for a escolha, que seja feita por amor. Porque caminhar em direção ao céu, ou seguir adiante, é ir em direção daquilo que acreditamos como o melhor que pode existir para nós!