A escrita de si

A morte de quem amamos traz muitos aprendizados. E um dos aprendizados é que podemos amar muito mais do que imaginamos. Contemplar e acompanhar o meu pai no seu adoecimento e falecimento me ensinou e mostrou a ter paciência com o quem sofre - meu pai -, a respeitar o seu ritmo e o seu jeito de compreender as coisas. Amor e paciência, respeito com quem sofre e amamos é o que eu aprendi. Nós temos uma reserva de amor, respeito e paciência dentro de nós. Só precisamos da oportunidade, ocasião pra exercer esses valores com intensidade.

"Que poderei retribuir ao Senhor Deus por tudo aquilo que ele fez em meu favor?" (Salmo115,12) Sinto muita gratidão a Deus e a todos que neste tempo acompanharam a paixão da minha família e a travessia do meu pai. Obrigada a dra. Renata e a sua equipe de cuidados paliativos do Hospital das Clínicas (SBC Alvarenga) pela atenção e amorosidade com meu pai e com minha família. Que benção receber um tratamento digno e respeitoso. Obrigada a Cátia e Felipe socorristas do SAMU pela atenção com meu pai e comigo. Que benção ser atendida com delicadeza e paciência. Obrigada pela presença e pelas orações de amigos e familiares recebidas neste tempo e no dia do sepultamento do meu pai. A oração e a amizade é uma benção e aquece o coração. Muito obrigada a todos vocês por acompanharem minha família nessa paixão. A travessia do meu pai foi vivida com muito amor e oração. Meu pai foi um dom que nós recebemos de Deus e com gratidão devolvemos ele ao Criador. Ele está com Deus e n...

Honrar pai e mãe também na travessia da vida. Te amo com todas as fibras do meu coração pai ❤️. A gente se encontra na oração e na eucaristia 🙏🏿

Você sabe dizer quanto de dinheiro você tem no banco. E você sabe dizer quantos amigos você tem? Você escolhe bem o seu celular pra comprar.  E você escolhe bem seus amigos? A sabedoria dos nossos pais na fé diz que quem tem um amigo, tem um tesouro!  Leia Eclesiástico 6, 5-17

"Vá para dentro de você. Busque o motivo que o leva a escrever; descubra se suas raízes crescem nos mais profundos recantos do seu coração; pergunta a si mesmo se morreria se lhe fosse negado escrever. Isto acima de tudo: pergunta na hora mais morta da sua noite: “Devo escrever?” Mergulhe em si mesmo para obter uma resposta profunda. E se essa for afirmativa, se pode responder a essa simples pergunta com um forte e despojado “Devo”, construa sua vida de acordo com essa necessidade; sua vida, mesmo nas suas horas mais leves e indiferentes, deve ser um sinal e um testemunho dessa necessidade" (Rainer Maria Rilke).

“Vou pescar” [...] e naquela noite, nada apanharam. (João 21, 1-18) Pedro vai pescar a noite e não apanha nada. Ele vai fazer o que sempre fez: pescar. É o momento dele repensar na própria vocação e no chamado que o Senhor fez. Essa noite de Pedro foi uma noite de teografia, da escrita de Deus no seu coração. Foi uma noite pra recordar as marcas e as coisas que ele fez e viveu com o Senhor.  Toda vez que nós revisitamos as marcas de Deus na nossa vida, - como fez Pedro - nunca sabemos o que iremos encontrar. Cada marca é como uma fonte de água que nós voltamos e nos reabastecemos.  Pedro passou a noite revisitando as marcas do Senhor na sua vida. O Senhor chamou ele para ser pescador de homens e naquele noite, ele deve ter recordado isso ao voltar a atividade de pescar. Afinal, esse chamado deve ter sido um momento especial. O que passou no coração de Pedro naquele dia do chamado e nesta noite de recordação? O que cada marca revelou a Pedro, só Pedro sabe. Mas quan...

Ao lermos a vida dos santos, podemos tirar um aprendizado para o nosso dia a dia, para nossa vida cristã. Por exemplo, ao lermos a vida de santo Inácio de Loyola, entendemos que ele foi um peregrino em buscar e encontrar a vontade de Deus na própria vida. Essa busca sentida por ele, deve ressoar também em nossos corações como um apelo de conversão, ou seja, como um pedido para nos converter sempre mais à vontade de Deus correspondendo ao seu amor. Nós, como santo Inácio, somos peregrinos nos caminhos da vida. Caminhos que vamos percorrendo para construirmos uma relação familiar, profissional, eclesial, mais de acordo com o evangelho e o projeto de Jesus. Diante destes caminhos, somos provocados por Deus, a sermos mais honestos, mais justos, mais gentis, mais companheiros, mais solidários, mais fraternos, mais humanos, mais semelhantes à Jesus Cristo. É Deus mesmo que nos chama a conversão! E ao escolhermos o percurso que mais nos conduz a Deus, que é aquele que mais nos faz...