O conhecimento do envelhecimento desperta em nós um olhar diferente, ou seja, um olhar mais sensível, acolhedor e empático pelas pessoas idosas. De outra maneira, olhamos pra nós nós mesmos e para os outros, especialmente para quem amamos - e que já chegou na idade de 60+ - de uma jeito novo, com mais compreensão, amorosidade e respeito.
Esse conhecimento do envelhecimento é como um colírio que dilata nossas pupilas, abrindo os olhos da nossa mente e do coração. Essa dilatação tem sabor mágico e até parece mágica, mas não é. O conhecimento não é mágico, mas desperta fascínio.
Passamos a enxergar o que sempre esteve aí, diante dos nossos olhos, e que por certas razões não víamos. Situações do cotidiano como ver uma pessoa que não agacha para pegar a colher que caiu no chão, porque as pernas não tem mais a mesma flexibilidade de antes, ou uma pessoa que tem menos força para carregar a sacola do mercado e, por isso pede ajuda, porque suas forças estão diminuindo, ou uma pessoa que aumenta o volume da televisão para escutar melhor porque a sua audição está mais debilitada. Essas situações podem acontecer com todos, mas podem acontecer de maneira especial com os idosos e percebemos essas mudanças físicas (força do corpo) e sensoriais (sentidos audição, visão, olfato, tato, paladar) ao acompanha-las mais de perto, no convívio diário.
O conhecimento do envelhecimento provoca uma mudança de pensamento, de prática, de comportamento em nós na medida que nos deixamos afetar por esse saber, não como mais um saber, mas sim, como um saber capaz de nos conectar aos outros, capaz de aproximar nossa humanidade à humanidade daqueles que estão mais avançados na idade do que nós, capaz de nos fazer ter atenção ao nosso próprio envelhecimento desde já, agora, nesse momento presente.
Conhecer o envelhecimento, ou seja, esse processo natural do nosso viver pode nos ajudar a viver melhor e estabelecer relações melhores com aqueles que encontramos no nosso caminho.
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