O conhecimento do envelhecimento desperta em nós um olhar diferente, ou seja, um olhar mais sensível, acolhedor e empático pelas pessoas idosas. De outra maneira, olhamos pra nós nós mesmos e para os outros, especialmente para quem amamos - e que já chegou na idade de 60+ - de uma jeito novo, com mais compreensão, amorosidade e respeito. Esse conhecimento do envelhecimento é como um colírio que dilata nossas pupilas, abrindo os olhos da nossa mente e do coração. Essa dilatação tem sabor mágico e até parece mágica, mas não é. O conhecimento não é mágico, mas desperta fascínio. Passamos a enxergar o que sempre esteve aí, diante dos nossos olhos, e que por certas razões não víamos. Situações do cotidiano como ver uma pessoa que não agacha para pegar a colher que caiu no chão, porque as pernas não tem mais a mesma flexibilidade de antes, ou uma pessoa que tem menos força para carregar a sacola do mercado e, por isso pede ajuda, porque suas forças estão diminuindo, ou...
"Vá para dentro de você. Busque o motivo que o leva a escrever" (Rainer Maria Rilke). Escolhi escrever o que vivo.