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Mostrando postagens de novembro, 2016

No findar de mais um ano...

"Ó tu, que és o Senhor do tempo e da eternidade, teus são o hoje e o amanhã, o passado e o futuro. No findar de mais um ano, quero muito te agradecer. Foi muito o que recebi de ti. Deste-me, por mais um tempo, a vida, por pura benevolência. E ainda mais longe foi a tua bondade. Fizeste brilhar sobre mim teu sol, a luz que me fez ver quão belo é tudo que criaste. Deste-me os dias e o trabalho, a noite e o repouso, as alegrias para que meu ânimo não se extinguisse, as tristezas para que, nelas, minha esperança se fortalecesse. Por tudo aquilo que recebi de ti, eu te agradeço. Aqui está, diante de ti, tudo que fui e fiz neste ano que se encerra. Tanto mais poderia ter sido, pelo muito que me deste, em forças e chances. Recebe-o, Senhor, como uma humilde oferenda e uma prece vespertina, no entardecer de mais um ano. Perdoa-me pelo sagrado tempo que perdi, pelo cuidado que não tive com tuas criaturas e meus irmãos, pela bondade ...

Tempestade de areia

“Em certas ocasiões, o destino se assemelha a uma pequena tempestade de areia, cujo curso se altera. Você procura fugir dela e orienta seus passos noutra direção. Mas, então, a tempestade também muda de direção e o segue. Você muda mais uma vez o seu rumo. A tempestade faz o mesmo e o acompanha. As mudanças se repetem muitas e muitas vezes, como num balé macabro que se dança com a deusa da morte antes do alvorecer. Isso porque a tempestade não é algo independente, vindo de um local distante. A tempestade é você mesmo. Algo que existe no seu íntimo. Portanto, o único recurso que lhe resta é se conformar e corajosamente pôr um pé dentro dela, tapar olhos e ouvidos com firmeza a fim de evitar que se encham de areia e atravessá-la passo a passo até emergir do outro lado. É muito provável que lá dentro não haja sol, nem lua, nem morte e, nem determinados momentos, nem hora certa. O que há são apenas grãos de areia finos e brancos como osso moído dançando vertiginosamente no espaço. Imagi...